Para pensar sobre isso, vamos às definições desses termos.
Talento: substantivo com origem no latim “talentum” e do grego “tálanton” que significa “aptidão incomum que, natural ou adquirida, leva alguém a fazer alguma coisa com maestria; habilidade ou capacidade incomuns”.
O termo também tem como referência uma medida de peso de moeda de ouro ou prata usada pelos antigos grego. Na prática, essa medida equivale a cerca de 26 kg.
Podemos considerar também sua origem no Cristianismo, em referência à Parábola dos Talentos.
Resumindo: “Aqueles que adquirem novos talentos, recebem mais talentos. Mas aqueles que não adquirem outros talentos, perderão até aqueles que possuíam inicialmente”.
Agora vamos para definição do que é um profissional.
O termo vem da palavra “profissão” que deriva do latim "professio,onis", com o sentido de ação de professar, de ensinar.
É aquele que pertence a uma profissão, que se prepara para certos ofícios, que exerce determinada atividade como meio de vida ou para ganhar dinheiro — e não de forma amadora ou desinteressada.
Também é o profissional aquele que desempenha o seu trabalho de um modo digno, com seriedade, rigor, competência e que revela profissionalismo.
O que fica para mim é uma diferença: a pessoa pode nascer com um talento e o profissional é aquele que se prepara para uma função, algo bem ligado ao trabalho.
Porém, uma coisa não precisa excluir a outra, certo?
Posso ter um talento para tocar piano e ser um profissional da área de finanças, exercendo ambos com qualidade.
Nesse caso, a ideia é tocar piano como algo mais natural e me dedicar mais para ser um profissional de finanças, concorda?
Inclusive, vale lembrar que o termo “talento” começou a ser usado aplicado aos profissionais no final dos anos 1990 e começo dos anos 2000.
Essa utilização surgiu por uma mudança de visão das empresas, que quiseram dar maior visibilidade e diferenciar os profissionais que se destacavam de alguma forma no ambiente corporativo.
Porém, acredito ser essencial explorar as diferenças dos termos ao considerar a contratação. Por exemplo: recentemente, conversei com um gestor sobre o perfil que ele precisava para a contratação.
O discurso é que ele precisava de um talento, de “uma pessoa criativa, proativa, com autogestão, comprometida e foco em resultado”.
Porém, avaliei a vaga e notei que ela era muito operacional. A pessoa não teria espaço para criar e, devido à centralização, alguém criativo e independente ficaria desmotivado ou seria demitido.
Uma consultoria de RH pode ajudar exatamente nesse ponto, orientando a busca pela pessoa certa para cada vaga, de acordo com a forma de trabalhar e com os resultados esperados.
Diante disso tudo, retomo à reflexão: será que sua empresa precisa de um talento ou de um profissional?
Vamos conversar sobre o tema!
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