Desde muito jovens, presenciamos um sutil e inconsciente processo de inibição da nossa criatividade. Somos estimulados a seguir padrões, fazer as coisas de acordo com o que já foi feito, utilizar os mesmos métodos, nos guiar por tradições e etc. Podemos perceber isso observando o que, normalmente, as pessoas costumam dizer quando vão apresentar uma ideia: "tive uma ideia, mas não sei se a ideia é boa", "desculpa, mas acho que isso pode ser feito de outro modo". Perceberam como o receio e medo estão presentes na hora expor algo novo? Isso acontece porque a criatividade não é estimulada. Somos incentivados a termos medo do novo e do desconhecido, ou seja, do que não sabemos se dará certo ou não.
Em 1968, os pesquisadores George Land e Beth Jarman realizaram uma reveladora pesquisa sobre criatividade com um grupo de 1.600 jovens nos EUA. O estudo se baseou nos testes usados pela NASA para seleção de cientistas e engenheiros inovadores. No primeiro teste as crianças tinham entre 3 e 5 anos e 98% apresentaram alta criatividade; o mesmo grupo foi testado aos 10 anos e este percentual caiu para 30%; aos 15 anos, somente 12% mantiveram um alto índice de criatividade. Teste similar foi aplicado a mais de 200.000 adultos e somente 2% se mostraram altamente criativos.

No livro Breakpoint and Beyond: Mastering the Future Today (1992), George Land e sua colega Beth Jarman concluíram que aprendemos a ser não-criativos. O declínio da criatividade não é devido à idade, mas aos bloqueios mentais criados ao longo de nossa vida. A família, a escola e as empresas têm tido sucesso em inibir o pensamento criativo.
( Fonte: http://criatividadeaplicada.com/ )
Muita gente pensa que criatividade pode ser definida como a capacidade de criar algo totalmente inédito, que vem de uma ideia que surgiu do nada. Mas não é bem assim. É algo mais abrangente. As pessoas criativas observam coisas existentes e criam algo novo com base nas informações que possuem. A criatividade pode ser definida de diversas formas: Capacidade de: produzir coisas novas e valiosas, desestruturar a realidade e reestruturá-la de outras maneiras, unir duas coisas que nunca haviam estado unidas e tirar daí uma terceira coisa.
Pessoas criativas têm níveis de consciência e atenção maior do que as demais. Isto dá a elas uma sensibilidade elevada, além de estarem sempre dispostas a enxergar novas possibilidades e buscar novas relações entre as coisas. Dessa forma, as pessoas criativas:
Têm um comportamento investigativo e colocam questões, buscando detalhamento nas respostas.
Geram de muitas idéias, avaliando soluções alternativas.
Buscam soluções inovadoras e até então não imaginadas.
São ousados na busca de soluções.
Têm facilidade abstrair e conceituar novas idéias.
(Fonte: http://www.espacoacademico.com.br/)
Como já foi dito, usualmente, a nossa criatividade é bloqueada a medida que crescemos. Somos ensinados a não arriscar, assim apenas percorrendo caminhos já percorridos. Por isso, muitas vezes descartamos nossas idéias, julgando-as inviáveis. A boa notícia é que é possível estimular o nosso lado criativo, seguindo as seguintes dicas:
NOTE E ANOTE TUDO. Crie o hábito de anotar tudo que você vê, lê ou venha a lembrar. Tenha sempre à mão – lápis, caneta e papel –, jamais, confie na memória. "Você está sempre livre para mudar de idéias e escolher um futuro ou um passado diferente" (Richard Bach).
AVALIE AS ANOTAÇÕES. Defina um dia da semana e faça uma avaliação em suas anotações. Separe as melhores idéias ou coloque-as em ordem de importância. "A vida não é ter na mão boas cartas, mas sim saber jogar com as cartas que ela nos dá" (Josh Billinge).
VEJA E OUÇA ATENTAMENTE. Aprenda a enxergar nos olhos das pessoas o que elas gostariam de dizer e ao ouvir perceba as coisas que não foram ditas. "Você é aquilo que você faz continuamente. Excelência não é uma eventualidade – é um hábito" (Aristóteles).
ATIVE A SUA CURIOSIDADE. Veja tudo como se fosse a primeira vez, observe os lugares e as coisas. Fale com o maior número de pessoas, independente da sua classificação social, raça ou religião. "Poucos rios surgem de grandes nascentes, mas muitos crescem recolhendo filetes de água" (Ovídio).
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